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Pederneira. Substância muito usada no fabrico de corações humanos. (Ambrose Bierce)

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Da Internet

Processo Histórico é uma coisa terrível. Chamemos de Destino como o velho Homero, Logos, Providência, Dialética, condenemos tudo a um brutal acaso, estamos sempre anexos ao nosso tempo.

E eu sou da Geração Y. Fui criado naquilo que Allan Grenspan chamou de "boom artificial tecnológico", temos a tela como um ícone de necessidade, falamos mal de tudo e de todos e nossa maior aflição é falta de luz. Mas eu demorei um pouco para me ypsulonizar, na verdade...

Conheci a Internet de fato, apenas cinco anos atrás. Muito por causa de uma amiga muito afetuosa, doida pra ter o meu, na época, enigmático, Orkut.

Cursos de informáticas? Sim. Básico, montagem. Mas confesso que nunca fui muito chegado ao grande público, e como a Internet é popular, procurava evitá-la. Bem mais do hoje, gostava de luzes e brilhos, desgostando dos refletores.

Aconteceu então a Internet. Sites de cinema, séries e filmes, comunidades de relacionamento. Sim, acredito que conservo algo de pós-moderno, cyberpunk com textura e algo multifacetadfo, John Barth não me reprovaria de todo, sem dúvida o pós-moderno mais habilidoso.

Não. Não mesmo vejo a Internet como um espaço global invisível feito para todos pelas linhas de web. Vejo a Internet como aqueles jogos da infância, aquele Nintendo. Um escape rápido para uma ilusão atrativa, um jogo de hora marcada, um caminhar rotineiro ao mesmo canto de sereia. Não e sim, uma necessidade, não um gosto, mas uma adequação. Processo histórico.

Sempre anexos ao tempo.

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